domingo, 20 de novembro de 2011



Hoje, mais do que nunca, escrevo sentindo dor no coração e com lágrimas a rolar em meu rosto.
Hoje, estou aprendendo, na prática, a lidar com a perda:

Era uma lindo rapaz, de olhinhos puxados, sorriso contagiante, feliz, amado e amante. Ele tinha, apenas, 19 anos, mas 19 anos bem vividos e intensos em sua pequenez.

Ele tinha muitos planos, era muito humilde e apaixonado pela vida. Mas, de repente, as luzes dos faróis de um caminhão, acabaram causando uma escuridão profunda naquilo que deixou de existir: a sua vida. Deixou de existir apenas fisicamente, pois a sua presença existirá, para sempre, em nossos corações e memórias.

Não existiu a oportunidade para um último abraço, não houve troca de palavras e por isso o coração pesa mais. A dor é tamanha, mas é preciso criar forças para superar essa perda. É preciso lembrar da força e da fé que ele tinha para lidar com as adversidades da vida e seguir em frente.

Pois hoje, Arthur está ao lado de Deus, dançando com os anjos, assim como gostava de dançar na Terra. Hoje, Arthur está lá do céu, olhando por nós e dizendo: "Acalmem-se, estou bem, pois é Deus É comigo!".

Mas a dor é inevitável e não entendemos porque isso tinha acontecer: justo agora, justo com ele.

Arthur, sei que não lerás isso, mas eu gostaria que soubesses que sou muito grata pela tua passagem em minha vida, que o pequeno capítulo que escrevemos juntos ficará para sempre em minha memória.

"BRILHE ONDE ESTIVER!"

Descanse em paz.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011


Com os dias venho aprendendo a lidar com a sua presença e o seu amor contido em abraços distantes e carinhos dados em meio ao constrangimento. Como se ao acarinhar a nuca do outro a nossa mente dissesse: - Você não poderia estar fazendo isso, mas é ele quem você ama, então faz. É puro!

Quando ele vai embora, no entanto, eu penso que deveria ter dito todas as palavras mais românticas possíveis, elogiá-lo até pelo corte da unha ou, quem sabe, zombar dos pêlos insistentes da barba, para que ele veja que reparo em cada detalhe. Porém, sempre penso tarde demais. Sinto que perco as oportunidades de demonstrar o meu sentimento, por acreditar que, ao dizer o que sinto, ele vai achar que me tem nas mãos e não me levará à sério.

Enquanto não digo o que sinto, ele deve imaginar que ao dizer que quer levar embora o seu ursinho de pelúcia, eu não irei me importar ou que ao me mostrar as novas músicas da sua playlist, de letras tão parecidas com a nossa realidade, eu não criarei expectativas. Ah, ele sequer imagina que quando eu digo que estou com ciúmes das ditas "novas amigas", eu estou falando sério, seríssimo.

Não sinto vergonha em dizer que prefiro viver a ilusão de um futuro incerto ao lado dele - consequência do medo do "não", mas tenho consciência de que não conseguirei sobreviver à doses homeopáticas de amor. Eu quero amor. Eu te quero, mas só vem se estiver disposto a ser inteiro. Por mim, por você, por nós dois!


segunda-feira, 19 de setembro de 2011


A vulnerabilidade em que meu coração se encontrava acabou, por inúmeras vezes, me entristecendo e fazendo com que eu me mantesse distante de quem realmente merece o meu afeto e dedicação: eu mesma.

Entretanto, o tempo me fez perceber que essa inconstância que o meu coração impunha, me fazia sofrer. Sofrer muito. Chorei, mendiguei por amor, ouvi as músicas mais langorosas possíveis, me afastei das pessoas, isto é, me tornei irreconhecível. Era o meu corpo com outra alma.

Em certo momento, no entanto, ouvi um estalo estranho surgido de um lugar desconhecido, que me fez despertar para vida. Algo do tipo: 'Alôô, você vai passar o resto da sua vida aí? Sozinha? Cadê aquela mulher cheia de fé e força, que não se deixava desanimar por nada? Levanta daí, sua boba. E não se preocupe com as olheiras, não há nada que uma base e um corretivo não resolvam. A sua felicidade não está depositada em nenhum outro alguém, está aí, guardada dentro de você. Liberte-se! A vida te espera!'

De repente, levantei-me cheia de esperança, tomei um banho daqueles que levam todas as suas mágoas pro esgoto, sabe? Parecia que eu tinha sido renovada pelas águas. Coloquei o meu melhor vestido, passei a minha maquiagem de sempre e passiei pelas ruas sozinha. Foi feliz. Muito feliz. Nesse momento percebi que errou quem disse que é impossível ser feliz sozinho, uma vez que mesmo estando fisicamente só, se sua alma transborda a felicidade, se encontram dois: o meu corpo e a minha alma. Felicidade abstrata e felicidade materializada em sorrisos, abraços, em vida.

Tenho certeza de que as lembranças dele surgirão em minha mente em alguns instantes, a saudade baterá e talvez a tristeza também, pois não é tão simples esquecer outra pessoa. Mas ele está lá, distribuindo sorrisos para magras, gordas, baixas, altas, feias e bonitas, enquanto eu me desmancharei em lágrimas? Não mais! Para isso, guardarei os meus melhores sorrisos. Para ele e para mim mesma.







sábado, 10 de setembro de 2011


Um dia eu conheci um anjo e, como todo anjo, ele se manifestou de forma surreal

Um dia conheci uma menina de personalidade e de coração puro

Um dia eu descobri um anjo caído na terra e, como todos os anjos caídos, ele não tinha asas

Mas eu também descobri que o sorriso do anjo podia, muito bem, me transportar pra qualquer lugar

Descobri que o anjo e a menina eram a mesma pessoa... E então eu vi que ainda existem pessoas boas...

Marcela, Deus te fez única, fez de um jeito que quem te conhece te admira,

Deus te ilumine e presenteie teus esforços com grandes graças,

Se um dia Deus me agraciar com uma filha, que ele me dê uma anjo como você...

Nossa historia eu não preciso te contar, o carinho que tenho por você não escondo,

Quero, hoje, antecipar meus parabéns e desejar um feliz aniversário...

Em um dia que a maior parte do mundo vai lembrar de uma tragédia, eu vou lembrar do dia em que um anjo caiu na terra....

Tudo de bom!

Felicidades!

Por: Pedro Henrique

quarta-feira, 31 de agosto de 2011


Tolinha, meu Deus, como eu sou tolinha!
A minha capacidade de enxergar o que acontece debaixo do meu nariz vem diminuindo consideravelmente. Para ser mais franca, acho que não se trata de capacidade e, sim, de querer enxergar.

Você vem e veste a sua fantasia de bom moço e eu fico êxtasiada com isso. Sempre te achei lindo bancando o bom moço, chego até a acreditar que tenha sido isso que me fez apaixonar por você. O sorriso de canto de boca, a fala mansa... Ah, está vendo aí? Já comecei a babar por aqui de novo, quando na realidade eu deveria te expulsar da minha mente, porque tudo isso não passa de uma farsa.

Tudo o que vem acontecendo são mais algumas de suas artimanhas para me guardar por mais algum tempo na geladeira, porque você sabe que, se eu passar muito tempo longe de lá, eu azedo, eu estrago. Porém, tolinha do jeito que sou, custo a acreditar que você seja capaz de cometer tamanha audácia, justo comigo que sempre movi céus e terras para te ter por perto. Por isso, pareço não passar, para você, de um pretérito-não-tão-perfeito e nem tão bom o suficiente para ser reconstituído... Fazer com que ele renasça e torne-se presente. No entanto, por que eu devo me espantar com as suas atitudes?

Qual a graça de reviver um amor antigo, se as possibilidades de novos são tantas? Qual vantagem você teria em me manter por perto? Afastar os novos flertes seria uma? Mas há uma parte boa em reconhecer tudo isso: me mostra que também estou vulnerável à novos amores e a esquecer de você, de nós.

Você está cavando a própria cova e é fora do meu coração. Você está querendo se tornar assunto morto e enterrado pra mim. Você está tentando colocar o meu coração em luto. Cuidado! Um dia você consegue.




terça-feira, 23 de agosto de 2011

Mudando o rumo da conversa - A adolescência na contemporaneidade por uma adolescente


Ao ler a crônica “Meu filho, você não merece nada”, escrita por Eliane Brum, me deparei com a mais pura realidade da adolescência dos dias hoje. No entanto, uma realidade da qual não faço parte.

Primeiramente, é preciso entender que a adolescência é uma fase crítica da vida de qualquer ser humano, que está interligada a esteriótipos e estigmas. Contudo, é notório que com o passar dos anos a juventude muda. Ela se adequa a época que está em vigor e com a minha geração não está sendo diferente.

Conectados, cada vez mais cedo, à rede mundial de computadores e antenados às mídias televisivas, os adolescentes vivem em função do que a globalização lhes impõe, embora não passe de uma globanalização.

Nasci na geração dos espelhos-frutas. Estranho, não é? Mas estou me referindo ao esteriótipo imposto pela sociedade e acatado com muita satisfação pelos adolescentes. É simples! Nada mais que ver uma fruta e se basear nela para definir o seu corpo. Melancias, morangos, melões... As frutas escolhidas são sempre as mais rechonchudas. Então para que estudar, se eu posso refletir uma fruta em meu corpo e ficar milionária?

A minha geração, também, é fã de músicas de letras óbvias, que não exigem nenhum tipo de esforço para sua interpretação, em que os seus interprétes são salvos pelos monossílabos, para eles não há nada que um “lá lá lá” não resolva. Entretanto, se algo de errado no meio da música acontecer é só formar um coração com as mãos e tudo passa despercebido. Então me questiono, por que ouvir Humberto Gessinger, viajar nas composições românticas e profundas do Raimundo Fagner, subentender o que quis dizer Zeca Baleiro em suas composições de frases soltas, mas que são cheias de sentido, se o óbvio existe e não me exige nenhum esforço?

Essa geração deseja um “Bom dia!” no twitter assim que acorda, depois de ter passado pelos próprios pais e não ter nem lhes olhado. Essa é a geração da distância. Ninguém se olha mais, ninguém se toca mais, ninguém se ouve mais... Esse é um ponto importante, ouvir! Foi-se o tempo em que a moça saía com um rapaz e esperava uma ligação dele no dia seguinte. Isso era sinal de interesse. Mas hoje não! Elas esperam incansavelmente que ele acesse a internet e twitte algo sobre a noite anterior.

Eliane Brum em sua crônica afirma que essa geração cresceu com a ilusão de que a vida é fácil e é por isso que acho que nasci na geração errada. Tenho plena convicção de que a vida não é fácil! Sempre estudei em escola pública, nunca viajei ao exterior, cresci ouvindo “nãos” e não tenho o celular do momento, mas tenho opinião. E é isso que falta pra essa geração. Os jovens não estão antenados e, sim, alienados. Pensar é esforço demais para eles. Faça o teste: Pergunte para alguns qual foi o presidente da república mais jovem que o Brasil já teve. Muitos não saberão, mas com certeza, saberão que o “Thiaguinho do exalta” deixará a banda e fará carreira solo! É preocupante, pois a adolescência é uma fase cheia de dúvidas, em que a verdadeira identidade está sendo procurada. No entanto, como essa geração irá encontrá-la, se não estão sendo preparados para usar o seu cerébro?

Portanto, se nadar contra a corrente é sinal de rebeldia, característica da adolescência, estou em seu apogeu. E tenho cada vez mais certeza: Eu nasci na geração errada!

sexta-feira, 5 de agosto de 2011


De uns tempos pra cá, venho me sentindo um alimento enlatado. Estranho, não é? Não, quando se está no meu lugar.

Fui colocada dentro de uma latinha para ser conservada por muito tempo. Isso deveria ser bom, mas é uma doce ilusão. Porque se pararmos para pensar, veremos que, no dia-a-dia, nos alimentamos do mais divino arroz com feijão, pelo menos em teoria, que é preparado com o maior capricho. Correto? E quando recorremos ao alimento enlatado? Simples! Quando estamos sem alternativa alguma para preparar uma comida mais elaborada, optamos por algo que não exija muito tempo para ficar pronto e que sacie a nossa fome. Pois bem, é exatamente assim que me sinto: fico guardada no ármario por tempo indeterminado, não exijo muito tempo de preparo, não há como a receita ficar ruim, afinal, já estou pronta. Para ser mais direta, eu sirvo quando não tem outra escolha.

No entanto, algo de inesperado aconteceu comigo. Num dia desses, você na sua pressa de preparar o seu prato especial do final de semana, acabou nem notando que eu estava na frente e me derrubou no chão. Doeu. A latinha ficou amassada e se você não sabe, uma enlatado, uma vez amassado, libera uma substância que acaba contaminando a comida contida dentro. É, meu camarada, tornei-me amarga, e quem sabe, prejudicial a saúde.

Sendo assim, o que me conforta é que, mesmo que longo, um alimento enlatado tem prazo de validade. Chega uma hora que se vence, ou melhor, te vencem!

Um abraço enlatado... Por muito, mas muito pouco tempo!